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Premiada e reconhecida empresária, inovadora e inventora americana, Deborah Yungner é uma das convidadas para o Congresso da Federação Mundial dos Colleges e Politécnicos (WFCP, na sigla em inglês). Participante de mesa-redonda confirmada para 25 de setembro, das 9 às 12 horas, ela compartilhará suas observações para melhorar o desempenho de estudantes.

A diretora-fundadora e visionária-chefe da ERBUS Inc., LifeGRID Technologies (Sistema de Resposta à Emergência e Apoio Utilitário) possui mais de 30 anos de experiência em vendas, marketing e negócios, promovendo tecnologias para soluções inovadoras em educação, comércio, governo, forças armadas e instituições não governamentais.

Convicta incentivadora de empresas, estudiosos e novos pesquisadores emergentes, na entrevista a seguir, Yungner fala sobre as perspectivas empresariais, o potencial da educação profissional para a inovação, os elementos necessários para motivar estudantes e professores a lidarem com o rápido crescimento e mudanças da tecnologia, além de sugerir formas de despertar o interesse feminino pela produção tecnológica.

Quem é o estudante moderno?

O estudante moderno é moldado pelo acesso a tecnologias pessoais, conectadas e móveis em todo lugar – muitas vezes, equipado com seus próprios aparelhos, onde quer que esteja. Para definir essa prática, os americanos utilizam a sigla BYOD, que significa “traga seu próprio aparelho”.

A educação pode incentivar o empreendedorismo?

Sim, sem dúvida. Empreendedorismo é preparação essencial para pós-graduandos lidarem com as questões mais urgentes da sociedade, criando soluções que contribuam para a inovação de produtos, bens e serviços que levem ao avanço na geração de empregos, novas indústrias, fortalecimento econômico e prosperidade para o equilíbrio da família, da comunidade e dos negócios.

Como podemos incentivar o envolvimento de meninas brasileiras na produção tecnológica e profissões tradicionalmente (vistas como) masculinas?

Amo essa pergunta, já que tem sido um objetivo ao longo da minha vida profissional ajudar meninas a verem e imaginarem a si mesmas na ciência e na tecnologia, especialmente após eu receber o título de Inventora do Ano, Melhor Tecnologia dos Estados Unidos, pela criação do Sistema de Resposta à Emergência e Apoio Utilitário (ERBUS, na sigla em inglês), e o prêmio da escolha popular no Concurso Internacional Sra. Minnesota*.

Meninas precisam de modelos visíveis e visuais, além de experiências refletivas em que possam ser encorajadas, inspiradas, ganhem confiança e reconheçam oportunidades para que ampliem o potencial em ciência, tecnologia, engenharia, empreendedorismo, arte, ciências aplicadas, agricultura, matemática etc. É fundamental que garotas se posicionem em várias produções tecnológicas, papéis e possibilidades, enquanto mantêm e celebram suas virtudes, talentos e bênçãos.

Podemos encorajar o envolvimento de meninas brasileiras na produção tecnológica com bons professores, preferencialmente professoras com liderança e mulheres da indústria tecnológica, como eu, que estão empolgadas e comprometidas com o assunto. Precisamos deslocar os docentes desinteressados para outras áreas em que possam contribuir e fazer a diferença.

Devemos ensinar com entusiasmo e paixão (focar no objetivo, não priorizar a nota); identificar e remover qualquer barreira, incluindo a burocracia e os alunos indisciplinados que possam prejudicar o êxito delas; orientar, incentivar e apoiar o crescimento com sólidas noções em ciências e demais disciplinas. Professores devem convidá-las, inclui-las e acompanhá-las em suas atividades, promovendo encorajamento, visibilidade, participação e coleguismo.

Qual o papel das instituições educacionais em um ambiente tão tecnológico, com alunos constantemente conectados?

No século 21, em um ambiente tão tecnológico, com alunos constantemente conectados, o papel das instituições educacionais seria ajudar, encorajar e apoiar o uso de tecnologias para documentar e compartilhar suas experiências, expandindo o ambiente de aprendizado para além das salas de aula tradicionais.

* Nota do tradutor: Concurso anual para americanas casadas, com idades entre 21 e 56 anos, residentes nos Estados Unidos ou no Canadá. A vencedora passa um ano promovendo uma atividade social de sua escolha, atuando como modelo a ser seguido.